sábado, 29 de março de 2008

Morte

- Eu morri.
- Sei que morreu.
- Não me verás mais.
- Já não vejo-te há anos.
- Vais perder a esperança que tinhas de reencontrar-me.
- Já a perdi.
- Então por que ainda pensas em mim? Deixe-me ir.
- É que sinto - parei de falar mecanicamente e encarei o nada a minha frente - sinto algo estranho aqui - desgrudei a mão do lado do corpo para espalmar o lado direito do peito.
- Não quis matar-me porque fazia mal a ti?
Não havia dúvidas. Concordei com um aceno de cabeça e completei:
- Matei-te, mas ainda não esqueci de ti.

N.A.: Situação não real. Mas, de fato, isso aconteceu... some ao diálogo um sonho estranho e uma pessoa por quem você foi afim durante muito tempo.

3 comentários:

Mya disse...

Vi Juno em VR. Tem no cinema e meu tio baixou... eu vou pra VR esse findis, femorou ver? Juno eu assito 23123 vezes sem cansar! ;D

Agora, queria analisar seu texto porque... ele é bonito. Não sei porque, sinto nele uma qualidade superior. Algo artístico, talvez.
E... eu entendo o que você quis dizer. Eu ainda não consegui matar a pessoa de quem sou afim.

Darlan disse...

Zentchy!, como você tá complexa, Suleyna Ribeiro! Meio dadaísta... já disse isso, né? rs Enfim, adorei a morbidade do texto.

^^

Anônimo disse...

Hunf. E pensar que ajudei-a na montagem desse ser (texto).

(aguarde meus e-mails de desagrado.)