1. Quando era criança, eu brincava muito com minhas amigas e também com os amigos do meu irmão,em especial três: um que morava praticamente lá em casa e vivia me me enchendo o saco e outros dois que eram irmãos gêmeos e que haviam se mudado a pouco para minha rua. Eu, meu irmão e os gêmeos sempre iamos juntos para a escola. Meu irmão era da 2° série, eu e um dos gêmeos da 3° B e o outro da 3° A. Eu era mais íntima do garoto que estudava comigo, claro e é dele que eu comecei a gostar. A gente não ia só para escola juntos, a gente jogava bolinha de gude, apostava corrida de bicicleta, apertava a campanhia e saía correndo.
Certo dia meu irmão deixou escapar que o garoto que estudava comigo gostava de mim. E eu descobri depois que ele gostava de outra garota também.
Ele escrevia poemas e fazia desenhos para a outra garota e nunca fazia nada do tipo para mim. Até que eu arrumei um namoradinho (que me comprou com promessas de bala). Acho que ele ficou com ciúmes, sei lá, só sei que depois disso ele passou a me dar mais atenção.
Um dia estávamos ele e eu sentados debaixo da árvore conversando...
- Eu tenho uma coisa pra te dar - ele me disse.
- O quê?
- Fecha os olhos.
Ele estava bem próximo de mim quando minha mãe me mandou ir para casa, aos gritos.
- Eu não gosto que você fique onde eu não posso te ver - me disse ela quando entrei.
Alguns dias depois ele mudou de cidade e perdemos o contato.
2. Na 4° série eu tinha dificuldade de aprendizagem e a professora fazia questão de mostrar isso a todos. Eu era sempre a última a acabar o dever e minhas notas não eram grandes coisas.
Na mesma proporção em que a professora me odiava ela adorava um colega meu. Ele era totalmente ao contrário de mim, inteligente e esperto, a professora adora frizar nossa diferença.
Antes de ser meu amigo, ele era a minha meta. Alguém que eu deveria superar a todo custo, alguém de quem eu não gostava e nem gostaria de jeito nenhum. Até que percebi que eu pensava nele mais do que deveria.
Aos poucos ele e eu fomos conversando mais até o ponto em que trocavamos figurinhas toda aula. Completei meu álbum graças a ele.
O último dia de aula foi como deveria ser. Uma conversação desenfreada. Todos estavam animados para o jantar de formatura só eu ainda não havia decidido se iria ou não.
- Você vai na formatura? - perguntei a ele.
- Não sei. Acho que sim. E você?
- Não sei. Acho que vou também.
- Então até de noite.
- Até...
Na minha cabecinha eu havia planejado dizer que eu gostava dele. Perdi o pouco de coragem que eu tinha e não disse nada. Mas ainda tinha uma esperança... eu iria contar a ele de noite.
Ele me olhou como se quisesse dizer alguma coisa a mais. Mas não disse nada. Nunca soube o que ele exitou em me falar e, pelo rumo que coisas tomaram, nem vou saber.
Procurei por ele a noite toda e não o encontrei.
3. Na sexta série conheci um colega que tinha muito em comum comigo: gostava de desenhar (com a diferença de que ele desenhava muito bem), era distraído e gostava de desenhos japoneses.
Ele vivia me dando desenhos e eu viva emprestando minhas revistas (de digimon, na época) para ele.
Eu era tímida e CDF e ele o contrário disso. Até que a gente combinava bonitinho.
Na época, quando eu não estava com a minha amiga, estava com ele.
Quando percebi que estava gostando dele de um jeito diferente juntei uns bilhetinhos para entregar para ele.
Como estávamos no início de junho, deixei para entregar no dia 12. Ele se mudou antes disso.
Dois anos depois eu vim a saber que ele também gostava de mim
4. Tenho um amigo muito bonito.
Nunca senti nada além de amizade por ele. Não somos amigos íntimos e agora quase nunca nos vemos, mas ainda sinto uma simpatia inexplicável por ele.
As oportunidades que tive de beijá-lo se resume aos momentos em que ficávamos conversando sozinhos.
Não sei quando, nem como, nem porquê eu tive vontade de beijá-lo. Até hoje tenho vontade de unir meus lábios aos dele, nem que seja só por 2 segundos.
5. Oitava série. Última série do ensino fundamental.
Minhas infelicidade começou quando fizeram o mapeamento de turma. Eu fui sentar logo perto dele.
Era difícil encontrar um dia em que nós não discutíamos. E sempre por bobeira.
Quando ele não implicava comigo, eu implicava com ele.
Todo mundo dizia que iria dar casamento e a prefessora vivia dizendo que ele era má influência para mim.
Teve um dia que ele me encheu tanto o saco que alguém gritou:
- Fala logo que você quer ficar com ela e deixa a menina em paz.
- É eu quero ficar com ela - ele disse.
Só não fiquei vermelha de vergonha porque já estava vermelha de raiva.
Depois disso ninguém disse mais nada.
Num dos últimos dias de aula, ele estava tão deprimido que nem mexeu comigo. Nesse dia eu comentei com uma amiga que eu preferia vê-lo me torrando a paciência do que vê-lo deprimido. E como eu senti falta da implicância dele.
- Tchau, branquela - ele disse me segurando pelo ombros.
Como eu queria ter esticado o pé e te-lo beijado.
Não seria meu primeiro beijo, mas seria inesquecível. Inesquecível o bastante para não entrar em uma lista idiota de 5 beijos não dados.
N.A.: Uma série de textos que andou rolando pelo blogs na net e copiei a idéia. Sim, sou descarada.
Nenhum dos beijos acima fez falta realmente, exceto o último.
3 comentários:
Agora que reparei o que vem escrito em cima das caixas de comentários do blogspot: "Liberte sua imaginação, comente com criatividade (ou não, você que sabe xP)"
que audácia a deles! hahhaha
mas bem, começando novamente, eu adorei o texto!! Você tá melhorando cada vez mais... um texto tão singelo esse *-* de uma beleza incalculável, talvez por ser pouco perceptível aos olhos dos comuns.
Quando a fazer um texto desses, ah... seria muita exposição. rs E nem é o tipo de texto que costumo escrever, acho que não sei escrever isso. =P
P.S.: tira a verificação de letras pra comentar: per favore. rs
corrigindo: *quanto a fazer..."
não quanDo como eu escrevi... rs
Ótimo texto como sempre, susu ;D
acho que se eu fosse fazer uma lista dessas não ia dar nem 3 direito, com muito esforço... é.
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